sábado, 12 de outubro de 2013

Leu, releu e voltou a ler, mil vezes as quinze palavras, arrumadinhas umas atrás das outras, enigmáticas, provocantes, delicodoces. Memorizou-as uma a uma, a vírgula e o ponto final.

Às vezes, passo aqui na tua rua só para te dizer um olá em segredo.

Às vezes, passo aqui na tua rua só para te dizer um olá em segredo.

Às vezes, passo aqui na tua rua só para te dizer um olá em segredo.

E riu-se por dentro ante tamanha ironia. Quantas vezes ficara ela própria prostrada na varanda, por companhia a ponte e o Cristo. Quantas vezes ficara ela própria sentida na varanda, na esperança de o ver passar para lhe dizer um olá.

E afinal ele passava, e ela sem saber. 
E afinal ela esperava, e ele sem querer saber.

1 comentário: